O exército glorioso, quando parte para a ofensiva, adota em geral uma tática coordenada de blitzkrieg. Esse tipo de ataque combina as investidas rápidas do Grupamento de Caças JH e seus tiros de metralha que são ideais para tirar a retaguarda inimiga de suas posições entrincheiradas, com a força e potência de ataques da divisão de blindados estrategicamente localizados, e por fim o avanço frontal e corajoso da infantaria, através da tropa de elite do 19º Corpo de Infantaria, do Tenente Carlos Alberto. Tudo isso com a (ao menos na teoria) coordenação do Coronel Lucio Flavio, da Divisão de Suprimentos e o apoio da Divisão de Blindados Rápidos Diguinho, das tropas de infantaria do Capitão Túlio e eventuais participações das Companhias Trigo ou Alessandro pelos flancos.
Essa estratégia que coordena ataque aéreo com fogo de artilharia e avanço da infantaria já fez muito sucesso e trouxe para a República muitas e importantes vitórias. Mas de um tempo para cá, não vem dando os resultados esperados. A tática, dizem os especialistas militares, continua válida. Qual seria o problema então? O problema é que a principal força de artilharia do exército glorioso, os blindados WP dão sinais claros e inequívocos de esgotamento.
Quando começaram a ser utilizados pelo exército glorioso durante as batalhas pelo controle da Cidade-08, os blindados WP mostraram ser bastante eficientes, mesmo superando as expectativas criadas em torno da nova arma. Por ter uma blindagem mais leve e menos resistente, os WP tinham grande mobilidade e encaravam qualquer terreno com grande valentia e coragem. A audácia de seus pilotos compensava plenamente suas eventuais deficiências bélicas. Como resultado, os blindados WP ajudaram e muito nas vitórias contra os pequenos e desorganizados grupos bandoleiros e guerrilheiros que se metiam no caminho republicano naquela frente de batalha.
Finda essa frente e iniciada a atual, onde o exército glorioso continua pleiteando posição no grupo dos países líderes, as deficiências dos blindados WP começaram a ficar mais claras e se sobressair. Sua blindagem leve, em confronto com retaguardas mais fortes e bem equipadas, torna os WP extremamente vulneráveis a choques e golpes. Seus canhões e metralhadores também mostraram muitas vezes ser de calibre insuficiente para causar danos às blindagens mais poderosas que o exército glorioso enfrenta agora. Isso sem contar os problemas de lubrificação e superaquecimento dos motores e engrenagens e o fato de muitas vezes suas armas emperrarem. O sistema de navegação dos blindados também apresenta muitas vezes falhas, que fazem com que eles raramente estejam no lugar onde deveriam. E a audácia dos pilotos foi substituída por uma espécie de medo dos combates: agora, quando próximos ao combate frontal, eles desligam os motores dos blindados WP, jogam-se no chão e fingem-se de mortos.
A conclusão: os blindados WP, por mais que reconheçamos que tenham sido importantes por um período, estavam se tornando obsoletos e ultrapassados. A República precisaria pensar em uma solução. Como parece haver alguma lei impedindo a utilização de projetos saindo das Escolas Militares de Engenharia ou das Academias de Formação Militar republicanas, a solução seria o exército glorioso comprar novos equipamentos.
E assim foi feito. Em negociação com as Brigadas Internacionais Gloriosas, foi importada toda uma divisão dos Tanques Zárate. Com uma blindagem mais pesada e poder de fogo maior, os Tanques Zárate pareciam ser a solução. Mas o governo da República sofreu muito para conseguir colocá-los em combate. Por culpa do próprio governo, diga-se de passagem. Primeiro, o interminável reme-reme que foi o processo de liberação aduaneira dos tanques. Um processo lento e confuso, que fez com que as tropas marchassem para a Frente do Monte Sula sem os novos equipamentos importados. Depois, a demora absurda dos mecânicos gloriosos em estudar os manuais e sistemas dos Tanques Zárate, a fim de prepará-los para a batalha.
Um primeiro teste foi realizado, mas ficou claro que os mecânicos ainda não haviam feito o trabalho decentemente, e os Tanques Zárate não funcionaram como o esperado. Mais um tempo nos galpões, até que finalmente os tanques foram novamente utilizados: contra os azenhas mostraram ter de fato potencial, mesmo com a derrota dos gloriosos. E contra os axés, na batalha desde o princípio, mostraram que podem ser muito importantes ao exército. Sua blindagem foi posta à prova e correspondeu: mesmo sob fogo, resistiu, avançou e com seu ataque destruiu os carros de som dos axés, deixando a batalha em condições favoráveis aos gloriosos.
O Tanque Zárate mostrou poder de fogo nas batalhas em que participou
Talvez seja ainda um pouco cedo para chegarmos a uma conclusão definitiva mas os Tanques Zárate parecem de fato ser a evolução tecnológica dos Blindados WP. Mas isso é algo que saberemos com certeza apenas se os Tanques Zárate forem realmente utilizados nas batalhas. Cabe ao Marechal Nei Franco analisar e lançar aos combates o que o exército tem de mais forte, capaz e moderno. Equipamentos obsoletos, mesmo que ainda tenham alguma utilidade (e é inegável que ainda poderão ter) devem ser relegados ao plano de alternativa.
5 comentários:
a torcida alvinegra pede em coro pelo Zárate, mas o teimoso Ney Franco não vai ceder tão fácil...
Danilo,
Caças JH e Tanque Zárate neles!
Abs e SA!!!
Todos nós queremos ver o Zárate junto com o Jorge Henrique e o Teimoso Franco não quer.
Torço para que a "teimosia" do Marechal Ney Franco, não esteja diretamente ligada à exigências do comando do "Estado Maior" de nossa Republica. Quem sabe a insistência nestes frágeis e obsoletos blindados não atenda a uma política de valorização deste equipamento para possíveis negociações futuras com a inevitável participação de atravessadores e contrabandistas. Tal comportamento, se verdadeiro, colocaria em risco nossos objetivos maiores. Todavia os elogios do Marechal ao desempenho dos "ZÁRATE" nos levam a acreditar que os blindados WP ficarão como uma alternativa para cobrir alguma impossibilidade de utilização dos Tanques Zárate ou dos caças JH.
Saudações ao Povo Republicano!
danilo,
cabe aqui mais parabéns aos seus textos?
este está, mais uma vez, brilhante.
olha, eu sempre relutei contra sua "implicância" aos blindados wp.
mas hoje, dou razão a você. principalmente com o bom desempenho dos tanques zárate.
mas nosso marechal nei franco parece não concordar conosco...
saudações botafoguenses!!!
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