25.10.08

Vitória em meio à crise

É mesmo incrível o exército glorioso. Suas reações aos eventos externos são quase sempre surpreendentes. Quando o país está em luta para se consolidar como membro efetivo dos países líderes, quando o sentimento do povo é demonstrar força, quando os soldos estão sendo pagos como devem, quando o governo está presente, o exército fracassa, lança o programa de ajuda aos países em crise e decepciona a todos.

No caminho contrário, quando simplesmente não há governo, quando há uma crise disparada pelos inflamados estrelistas, quando os soldados não recebem seus soldos, quando o pleito pelo grupo dos líderes se torna algo impensável, quando o programa de ajuda parece caminhar de vento em popa, então os soldados vão ao combate e retornam para casa em segurança e vitoriosos.

A República viveu dias conturbados após o fracasso frente aos platinhas na Frente do Monte Sula. General Severiano, a capital do país, viveu dias intensos de verdadeira ebulição política. A constatação que não temos mais governo, porque seus ocupantes simplesmente voltaram para casa sem dar maiores explicações, animou os estrelistas, que partiram para o ataque contra exército em evento que dividiu o povo glorioso. Some-se a isso as negociações para a formação do futuro governo, que irá assumir o espaço vazio que existe hoje na nossa política e a própria revolta dos soldados com a falta de seus pagamentos. O Ministério da Propaganda flamengo agiu rápido para aumentar a confusão e já chegou mesmo a decretar não apenas a derrota nessa campanha, como fez o líder estrelista, mas também enormes complicações para o ano que vem. O festival de desinformações só aumentava o clima tenso entre os populares.

Por isso, quando o Marechal Nei Franco anunciou a marcha para a capital dos ipatingas, o povo reagiu com enorme ceticismo. Não era para menos, afinal os ipatingas sempre pediram à República ajuda humanitária através do Programa Glorioso Para a Erradicação da Fome e da Pobreza. Além disso, o próprio marechal republicano é cidadão ipatinga, o que só reforçou a impressão que o enfraquecido e questionado exército glorioso iria endividar ainda mais a República para manter seu programa de ajuda.



Os blinados leves da Companhia Diguinho, sob intenso falatório e especulação sob seu futuro, foram importantes na batalha

Mas não foi isso que aconteceu. O exército não chegou com fardos de ajuda, mas com armas à postos. E apesar de deficiências, no equipamento militar e nas decisões do marechal, atacou e derrotou focos guerrilheiros ipatingas que tentavam causar danos aos republicanos. Sem o oficial de suprimentos, o Coronel Lucio Flávio, com o 19º Corpo de Infantaria perdido nos planaltos ipatingas e com os blindados WP mostrando toda sua habitual ineficácia, coube às tropas intermediárias do exército determinarem a vitória. Primeiro, a Companhia LG, num ataque de ousadia e grande eficiência, e depois tropas que estiveram sob intensa especulação e estão sob desconfiança de deserção: os Blindados Leves da Companhia Diguinho e o Cabo Thiaghuinho. Na retaguarda, a eficiente proteção do Sargento Renan (recém promovido de Cabo) evitou qualquer problema mais grave.

Recém formado nas Academias Militares Gloriosas, o Sargento Renan é promovido, com méritos. Que seu sucesso faça que o governo invista mais em formação militar

Com isso, o exército deixa de lado seu programa de ajuda aos países em crise, para evitar um aprofundamento ainda maior da crise em seu próprio país. Os soldados voltam para casa sãos e salvos, mas não haverá recepção nem do povo, ainda desconfiado, e nem do governo, porque ele não existe mais e abandonou todos na República à própria sorte.

A coisa mais importante a ser feita agora pelos políticos republicanos é acertar o pagamento dos soldos atrasados dos militares. Esse é o passo um para arrefecer a crise e fazer os republicanos terem um fim de ano sem muitos sobressaltos. Porque soldo atrasado significa militares descontentes e soldados descontentes se amotinam, se rebelam, deixam de lutar e entregam batalhas.

E para o povo, mesmo que sejam batalhas agora sem muita importância, é sempre muito doído ver seu exército e sua cidade derrotadas pelos inimigos estrangeiros.

2 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado por suas palavras de encorajamento amigo Danilo.
Saiba que não existe hoje ninguém que consiga entender e expressar tão fielmente a realidade alvinegra como você. É uma pena que não chegue a um número maior de Botafoguenses. Como alguém comentou há tempos, seus escritos deveriam ser lançados em panfletos sobre a cidade de Engenhão para que todos tomassem conhecimento. Achei este post mais uma vez perfeito e como sempre, criativo e inteligente. Também gostaria de entender melhor nossa Republica. Depois de tantas especulações, como entender e reagir diante das calorosas comemorações de nossos soldados a cada trincheira Ipatinga destruida? Juro que gostaria de usar artifícios de espionagem para descobrir o que se passa nos bastidores de General Severiano. Não há a menor transparência nas informações, daí ficarmos a mercê do Departamento Flamengo de Propaganda.
Suas palavras fizeram-me pensar na luta e já reconsidero a possibilidade de continuar na ativa, preocupado no entanto com a ausência de nosso combativo 19º Corpo de Infantaria na próxima batalha contra os Bambis em Engenhão e os tanques Zárate foram mesmo devolvidos para os fabricantes por falta de pagamneto?

PS: Cara que lindo este blindado leve Diguinho! Bela foto.

Saudações aos bravos amigos gloriosos!

Saulo disse...

Foi boa a vitória para acalmar um pouco, mas não podemos nos iludir porque o ambiente interno no clube continua ruim.