13.10.08

A evolução tecnológica da artilharia gloriosa

É fato conhecido por todos que ao longo de uma guerra, diferentes tipos de equipamentos são desenvolvidos, testados e usados. O desenvolvimento e a evolução dos equipamentos depende, naturalmente, da necessidade do exército durante o desenrolar das batalhas.

O exército glorioso, quando parte para a ofensiva, adota em geral uma tática coordenada de blitzkrieg. Esse tipo de ataque combina as investidas rápidas do Grupamento de Caças JH e seus tiros de metralha que são ideais para tirar a retaguarda inimiga de suas posições entrincheiradas, com a força e potência de ataques da divisão de blindados estrategicamente localizados, e por fim o avanço frontal e corajoso da infantaria, através da tropa de elite do 19º Corpo de Infantaria, do Tenente Carlos Alberto. Tudo isso com a (ao menos na teoria) coordenação do Coronel Lucio Flavio, da Divisão de Suprimentos e o apoio da Divisão de Blindados Rápidos Diguinho, das tropas de infantaria do Capitão Túlio e eventuais participações das Companhias Trigo ou Alessandro pelos flancos.

Essa estratégia que coordena ataque aéreo com fogo de artilharia e avanço da infantaria já fez muito sucesso e trouxe para a República muitas e importantes vitórias. Mas de um tempo para cá, não vem dando os resultados esperados. A tática, dizem os especialistas militares, continua válida. Qual seria o problema então? O problema é que a principal força de artilharia do exército glorioso, os blindados WP dão sinais claros e inequívocos de esgotamento.



Blindado WP: sua blindagem leve e fácil mobilidade o tornaram importantes por um tempo, mas agora contra retaguardas mais poderosas mostra-se um armamento muitas vezes ineficaz

Quando começaram a ser utilizados pelo exército glorioso durante as batalhas pelo controle da Cidade-08, os blindados WP mostraram ser bastante eficientes, mesmo superando as expectativas criadas em torno da nova arma. Por ter uma blindagem mais leve e menos resistente, os WP tinham grande mobilidade e encaravam qualquer terreno com grande valentia e coragem. A audácia de seus pilotos compensava plenamente suas eventuais deficiências bélicas. Como resultado, os blindados WP ajudaram e muito nas vitórias contra os pequenos e desorganizados grupos bandoleiros e guerrilheiros que se metiam no caminho republicano naquela frente de batalha.

Finda essa frente e iniciada a atual, onde o exército glorioso continua pleiteando posição no grupo dos países líderes, as deficiências dos blindados WP começaram a ficar mais claras e se sobressair. Sua blindagem leve, em confronto com retaguardas mais fortes e bem equipadas, torna os WP extremamente vulneráveis a choques e golpes. Seus canhões e metralhadores também mostraram muitas vezes ser de calibre insuficiente para causar danos às blindagens mais poderosas que o exército glorioso enfrenta agora. Isso sem contar os problemas de lubrificação e superaquecimento dos motores e engrenagens e o fato de muitas vezes suas armas emperrarem. O sistema de navegação dos blindados também apresenta muitas vezes falhas, que fazem com que eles raramente estejam no lugar onde deveriam. E a audácia dos pilotos foi substituída por uma espécie de medo dos combates: agora, quando próximos ao combate frontal, eles desligam os motores dos blindados WP, jogam-se no chão e fingem-se de mortos.

A conclusão: os blindados WP, por mais que reconheçamos que tenham sido importantes por um período, estavam se tornando obsoletos e ultrapassados. A República precisaria pensar em uma solução. Como parece haver alguma lei impedindo a utilização de projetos saindo das Escolas Militares de Engenharia ou das Academias de Formação Militar republicanas, a solução seria o exército glorioso comprar novos equipamentos.

E assim foi feito. Em negociação com as Brigadas Internacionais Gloriosas, foi importada toda uma divisão dos Tanques Zárate. Com uma blindagem mais pesada e poder de fogo maior, os Tanques Zárate pareciam ser a solução. Mas o governo da República sofreu muito para conseguir colocá-los em combate. Por culpa do próprio governo, diga-se de passagem. Primeiro, o interminável reme-reme que foi o processo de liberação aduaneira dos tanques. Um processo lento e confuso, que fez com que as tropas marchassem para a Frente do Monte Sula sem os novos equipamentos importados. Depois, a demora absurda dos mecânicos gloriosos em estudar os manuais e sistemas dos Tanques Zárate, a fim de prepará-los para a batalha.

Um primeiro teste foi realizado, mas ficou claro que os mecânicos ainda não haviam feito o trabalho decentemente, e os Tanques Zárate não funcionaram como o esperado. Mais um tempo nos galpões, até que finalmente os tanques foram novamente utilizados: contra os azenhas mostraram ter de fato potencial, mesmo com a derrota dos gloriosos. E contra os axés, na batalha desde o princípio, mostraram que podem ser muito importantes ao exército. Sua blindagem foi posta à prova e correspondeu: mesmo sob fogo, resistiu, avançou e com seu ataque destruiu os carros de som dos axés, deixando a batalha em condições favoráveis aos gloriosos.

O Tanque Zárate mostrou poder de fogo nas batalhas em que participou

Nessas duas últimas batalhas mostrou que seu sistema GPS também é mais confiável que o antigo sistema de navegação dos blindados WP: os Tanques Zárate parecem estar sempre colocados de maneira a se aproveitar das manobras do exército glorioso, pronto a desferir o tiro fatal com sua possante artilharia. E por último, os pilotos dos tanques Zárate parecem ter trazido de volta à força ofensiva gloriosa a ousadia e a valentia: os tanques não desistem de avançar sem medo mesmo em condições perigosas e sob fogo inimigo.

Talvez seja ainda um pouco cedo para chegarmos a uma conclusão definitiva mas os Tanques Zárate parecem de fato ser a evolução tecnológica dos Blindados WP. Mas isso é algo que saberemos com certeza apenas se os Tanques Zárate forem realmente utilizados nas batalhas. Cabe ao Marechal Nei Franco analisar e lançar aos combates o que o exército tem de mais forte, capaz e moderno. Equipamentos obsoletos, mesmo que ainda tenham alguma utilidade (e é inegável que ainda poderão ter) devem ser relegados ao plano de alternativa.

5 comentários:

Fernando Gonzaga disse...

a torcida alvinegra pede em coro pelo Zárate, mas o teimoso Ney Franco não vai ceder tão fácil...

Rodrigo Federman disse...

Danilo,

Caças JH e Tanque Zárate neles!
Abs e SA!!!

Saulo disse...

Todos nós queremos ver o Zárate junto com o Jorge Henrique e o Teimoso Franco não quer.

Anônimo disse...

Torço para que a "teimosia" do Marechal Ney Franco, não esteja diretamente ligada à exigências do comando do "Estado Maior" de nossa Republica. Quem sabe a insistência nestes frágeis e obsoletos blindados não atenda a uma política de valorização deste equipamento para possíveis negociações futuras com a inevitável participação de atravessadores e contrabandistas. Tal comportamento, se verdadeiro, colocaria em risco nossos objetivos maiores. Todavia os elogios do Marechal ao desempenho dos "ZÁRATE" nos levam a acreditar que os blindados WP ficarão como uma alternativa para cobrir alguma impossibilidade de utilização dos Tanques Zárate ou dos caças JH.

Saudações ao Povo Republicano!

snoopy em p/b disse...

danilo,
cabe aqui mais parabéns aos seus textos?
este está, mais uma vez, brilhante.

olha, eu sempre relutei contra sua "implicância" aos blindados wp.
mas hoje, dou razão a você. principalmente com o bom desempenho dos tanques zárate.

mas nosso marechal nei franco parece não concordar conosco...

saudações botafoguenses!!!