2.10.08

Fantasmas assustam, mas devem ser exorcizados. A obrigação foi cumprida

Apesar de alguns sobressaltos desnecessários, o exército glorioso venceu os invasores cális e já começa a subida pelas traiçoeiras escarpas do Monte Sula. Toda atenção na subida!


A ameaça dos diabos cális era séria e não podia ser ignorada. Se eles vencessem, a cidade de Engenhão seria seriamente danificada e a Frente do Monte Sula, aniquilada. Assim são os bárbaros cális, não deixam prisioneiros ou vivos para contar a história. Portanto, era obrigatório aos gloriosos repelir a ameaça e derrotar os invasores.

Assim, o exército se manteve a postos, desde o princípio, martelando e forçando a marcha, para impedir a passagem dos cális pelos ainda danificados muros e fortificações que outrora protegeram tão bem a cidade de Engenhão. Os cális resistiam em suas posições, não se dobrando aos esforços gloriosos. Esse era um perigoso impasse, quando num evento de coragem, ousadia e mesmo sorte, os blindados leves da Companhia Diguinho, sempre decisivos e importantes, furaram as linhas de defesa bárbaras e mandaram fogo, abrindo caminho para os blindados WP causarem danos aos cális.

Após um breve cessar-fogo, o exército glorioso voltou disposto a acabar de vez com a ameaça. O 19º Corpo de Infantaria em manobra de grande capacidade militar e novamente os blindados WP causaram estragos enormes nas linhas cális. A obrigação parecia estar cumprida.

Mas nada parece ser mais prejudicial para o exército glorioso que a sensação de dever cumprido. Com essa sensação, ainda durante a batalha, vem um afrouxamento do ímpeto e da atenção. E com o afrouxamento da atenção, quase sempre vem um golpe inimigo. Dessa vez não foi diferente. Quando os oficiais já jantavam em suas barracas de campanha, quando os soldados já faziam festa, um bárbaro cáli entrou nas linhas gloriosas e lançou uma bomba que fez algum estrago.

Estrago suficiente para reviver muitos fantasmas do passado. Estrago suficiente para, mais uma vez, levar os soldados a um surto de cegueira histérica. Então, o que estava decidido, passou a estar em aberto, a vitória que era fácil ganhou ares de grande complicação. Os de Escobarlândia se animaram, os da República parecem ter se assustado.

Mas felizmente os fantasmas do passado dessa vez apenas assustaram. As assombrações não se materializaram, como em tantos eventos, como contra os gallinas, curingas, capibas, coloridos, e infelizmente, ainda outros.

A República encontrou forças, manteve-se firme e repeliu a invasão. Apesar do susto desnecessário, que a recente batalha tenha servido para duas coisas: dar tranqüilidade ao exército para a reconstrução total do Anel de Ferro da Linha Maginot-Biriba que protege Engenhão. E exorcizar, definitivamente, todos os fantasmas do passado. Eles foram assustadores naqueles momentos, mas não precisam ser agora. Basta que não pensemos neles e apenas nos concentremos na batalhas do momento.

2 comentários:

Saulo disse...

A obrigação foi cumprida e agora temos que ter muita atenção pela frente.

Anônimo disse...

Se tivesse algum prestígio junto à Presidência da República do BFR, levaria aos soldados os escritos dessa coluna, como forma de incentivo para as batalhas a serem travadas. Seja, simplesmente, entregando os escritos ou os jogando por um avião, tal qual a propaganda nas grandes guerras, que surtiram tanto efeito, tanto para animar aos nossos soldados, quanto para demonstrar à propaganda inimiga que as nossas defesas estão preparadas.