9.7.08

A vergonha em terras inimigas

Sem comando como uma carroça desgovernada, bagunçado como uma feira, assustado como uma criancinha chorona, com a dignidade de uma puta biscateira: esse foi o exército republicano na batalha de Macumbalândia

A recente vitória na batalha que repeliu o ataque dos farrapos azenhas à República deu um sopro de esperança de dias melhores ao nosso amado país. Para acabar com a escassez de pontos que assola a nação, foi planejado um ataque para tomar de assalto Macumbalândia, terra dos axés. O povo glorioso, sempre tomado por uma fé cega que os altos valores patrióticos e os ideais do botafoguismo triunfarão, acreditava.

Mas são tempos difíceis esses que vivemos, tempos que valores patrióticos ou ideais republicanos não guiam os soldados e comandantes militares. E ao contrário de grandes exércitos do passado, que marchavam cheios de orgulho glorioso e impunham medo e respeito aos inimigos, os soldados que temos atualmente, quando obrigados a lutar fora de terrenos que lhe são favoráveis, se comportam como um bando de coelhinhos assustados. E é assim, como um bando de coelhinhos assustados, que seus inimigos os tratam.

O veterano mercenário Coronel Ramon, que inclusive já lutou em fileiras republicanas, era responsável pela defesa de Macumbalândia. E sua tarefa não podia ser mais tranquila. Completamente desorganizado, sem qualquer coordenação e com uma retaguarda absolutamente ridícula, o exército glorioso foi presa fácil. Mal cruzou os limites a fronteira e entrou em território axé, o exército glorioso já estava derrotado.

Sem comando, no campo de batalha e no Estado Maior onde estava o marechal Geninho, o exército glorioso era presa fácil. Ainda que causasse algum perigo ou dano ocasional, eram incontavelmente menores que os danos e enormes baixas que ele mesmo sofria.
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Nunca foi tão fácil. Mal começara a batalha, os soldados republicanos foram encurralados e rendidos sem oferecer qualquer resistência
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Em pouquíssimo tempo a batalha já estava decidida. Encurralados, os gloriosos se entregaram totalmente e a triste verdade é que ainda contaram com a benevolência dos axés, que ao invés de promoverem um massacre maior ainda, talvez de proporções irreparáveis, se contentaram em lançar os republicanos aos seus calabouços. Uma vez presos, no entanto, os soldados republicanos foram submetidos a uma das mais terríveis formas de tortura conhecidas pelo homem: foram obrigados a ouvir a música local.

Num surto de desespero, os blindados WP fizeram algo que não costumam fazer e, num ataque, conseguiram uma brecha nos muros da prisão de Macumbolândia. Por essa brecha, o exército, ou o que sobrou dele, conseguiu fugir, deixando para trás sua dignidade, a confiança do povo glorioso e uma República o Botafogo afundada de vez na grave crise de escassez de pontos.

A situação atingiu seu ponto mais crítico até aqui. Ao governo, cabe decidir se quer continuar no caminho rumo ao fundo do poço que esse comando militar traça. Aos soldados cabe tentar ter um mínimo de vergonha na cara, juntar os cacos e se reerguer. Ao povo glorioso, tão sofrido e descrente, talvez só reste buscar forças e fé nos sentimentos de amor à pátria e nos valores e história republicanos. Mesmo sabendo que somente isso não irá nos salvar.

Cabisbaixo e desmoralizado, o exército republicano foge vergonhosamente derrotado

2 comentários:

Rodrigo Federman disse...

É, Danilo...

Levar três gols do Smurf Zangado (Ramon) é o fim da picada, cara...

Abs e SA!!!

Anônimo disse...

os soldados republicanos foram submetidos a uma das mais terríveis formas de tortura conhecidas pelo homem: foram obrigados a ouvir a música local.

kkkkkkk. Pelo menos você se manteve espirituoso. Mas tortura braba mesmo é ver o que estão fazendo com o Botafogo. Fora Geninho!

SA
Cleber