1.4.08

Diários da Guerra 3 - O começo da Grande Guerra

O reino da Gávea e a República do Botafogo sempre foram rivais. Os flamengos, dentro de sua ideologia de superioridade nunca gostaram dos gloriosos, afinal a existência da República do Botafogo e as seguidas vitórias dos gloriosos eram a prova definitiva que os flamengos não eram superiores a nada. Já os gloriosos sempre se incomodaram com os loucos sonhos de superioridade e totalitarismo dos flamengos. A ameaça dos da Gávea de criação do pan-flamenguismo, grande reino totalitário liderado exclusivamente pelos flamengos e com gigantesca máquina de propaganda ideológica sempre foi motivo de preocupação entre os republicanos do Botafogo.

Eis então que os países que viriam a formar o Eixo, com os flamengos à frente, lançam seu projeto de sabotagens visando enfraquecer a República do Botafogo. Sem ter uma liderança à altura de suas tradições, a República vai enfraquecendo. Espiões e agente infiltrados andam pela capital General Severiano livremente. Os flamengos conseguem infiltrar um antigo espião, Lucio, nas linhas de frente gloriosas. Os bárbaros porcos, da Paulicéia se unem aos inimigos e infiltram Galeano na tropa republicana. O resultado é trágico. A República do Botafogo entra em crise, cai nas batalhas e é obrigada a ceder a 1ª Colônia.

Os gloriosos no entanto não se renderam. Ao contrário, se organizam em sua capital, reformulam o governo e voltam à batalha para recuperar a 1ª Colônia. Em alguns meses de luta, sob o comando do Marechal de Campo Levir Culpi, a República do Botafogo sai vitoriosa e reassume a 1ª Colônia.

O triunfo dos gloriosos nas Batalhas do Caio Martins, mesmo sob forte esquema de sabotagem por conta da grande máquina de propaganda flamenga abala as estruturas dos países vizinhos e cria um forte clima de beligerância no continente.

Os coloridos, preocupados com a fuga de habitantes após as vergonhosas perdas da 1ª e da 2ª Colônias, pegam em armas para mostrar, muito mais para si mesmos do que para o mundo, que ainda são aquele nobre reino de outrora.

Os bacalhaus, historicamente algozes dos gloriosos, não se conformam com as seguidas derrotas em batalhas para os republicanos. O Imperador lança o Reino de Sãojanu à guerra, numa tentativa desesperada de resgatar os dias vitoriosos. É a tentativa final de salvar um império decadente que, pela primeira vez na história, sofre contestações de seus próprios habitantes.

Os flamengos do Reino da Gávea enxergam aí a grande oportunidade em sua luta contra a República do Botafogo. È o momento propício: os gloriosos ainda estão se restabelecendo das Batalhas do Caio Matins, reconstruindo seu país; os reinos rivais de Laranjal e Sãojanu se tornam aliados na luta contra a república. Adolfo Braga, líder dos flamengos, lança então a Operação Barbarossoneri. O objetivo da operação é “acabar com a República do Botafogo como país, com os gloriosos como povo e varrer qualquer vestígio de botafoguismo da face da Terra”. É formada a aliança que ficou conhecida como Eixo. Começa a Grande Guerra.

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