28.4.08

Diários da Guerra 18 - Reorganizando a ofensiva


O exército glorioso marchou para a batalha sabendo que iria enfrentar sérias dificuldades. O Major Castillo e a Companhia Trigo estavam fora de combate, em um hospital de campanha. A Companhia Alessandro e o grupamento de caças rápidos JH também estavam alijados do combate. Assim, as tropas republicanas iriam enfrentar o inimigo sem 3/5 de sua retaguarda e sem as tropas que protegem os flancos e ainda auxiliam os ataques.

Para piorar, a solução pensada por Cuca, pelo Marechal de Campo glorioso, para o flanco direito, foi um fracasso. A divisão de fuzileiros TS pode ter ido bem na preparação da batalha. Mas, com os confrontos de fato, não se mostrou nem um pouco confiável. Os fuzis falhavam, emperravam e por pouco não acabaram explodindo pela culatra e ferindo os próprios gloriosos. o Marechal de Campo foi obrigado a improvisar, alterando ainda mais a já prejudicada formação do exército glorioso.

Ainda assim, o combate foi igual. Os flamengos, mesmo com força máxima não conseguiam se impor. Os gloriosos, através de sua Força Aérea, assustavam as linhas de defesa flamenga. Eis que num evento casual, o obsoleto, lento e pesado tanque flamengo “Obina”, mesmo com todo seu baixíssimo poder de fogo e pouco calibre, conseguiu achar um buraco na retaguarda gloriosa e rompeu as linhas de defesa.

Tal golpe foi sentido pelo exército glorioso e isso permitiu que os flamengos entrassem com vantagem na Cidade-08. Eles dominam agora posições estratégicas e prédios importantes no centro da cidade. O exército glorioso foi forçado a fortificar suas posições nos bairros periféricos da Cidade 08. Agora, para conquistá-la, terá que reorganizar a ofensiva e tomar o centro dos flamengos. Estes, por sua vez, terão que resistir aos avanços republicanos.

Derrota? O resultado da batalha de ontem não pode ser encarado assim. Do lado dos flamengos, a situação não é tranqüila. Eles sabem que suas posições no centro da Cidade 08, apesar de não serem frágeis, não são inexpugnáveis. Eles sabem que a onda que virá da periferia para conquistar o centro será feroz. A comprovação disso foi a reação flamenga após a batalha. Ao invés da costumeira arrogância megalomaníaca, o lado do flamengo teve comemorações discretas ou, na regra, silêncio.

Mesmo a máquina de propaganda flamenga não sabe como reagir: setores mais popularescos do Ministério de Propaganda flamengo exultam, dentro da lógica da arrogância, a “potência” do Reino da Gávea. Setores mais intelectualizados, entre eles o ministro da propaganda em pessoa, Renato Maurício Goebbels, já pedem calma, dizendo que a manutenção do centro da cidade é tarefa das mais difíceis. Já buscam justificar uma possível derrota? Ou apenas é uma cortina de fumaça tentando desestabilizar os gloriosos, imputando-os de uma responsabilidade extra? Difícil saber.

Do lado glorioso, a ordem é apenas uma: reorganizar as forças e preparar a ofensiva. De suas posições fortificadas na periferia da Cidade 08, o Marechal de Campo Cuca mandou o seguinte telegrama para o Estado Maior, em General Severiano:

Batalha em aberto. Reorganizando tropas para ofensiva. Lutaremos ate o fim. Melhores saudacoes a todos. Venceremos.

Em General Severiano, a situação está calma. Todos continuam cientes de que a tomada e controle definitivo da Cidade 08 é perfeitamente possível. O cerco ao centro a partir da periferia está no coração e na mente de todo cidadão republicano.

Visando manter o clima de otimismo e confiança para a batalha vindoura, o Estado Maior e o Alto Comando para a Guerra emitiram a seguinte nota pública:

Camaradas gloriosos. É chegada a hora da derradeira e definitiva batalha pelo controle total da Cidade 08. Posicionadas na periferia da cidade, nossas tropas terão que avançar sobre o centro e tomar do inimigo as posições estratégicas. É um momento chave para a República. Pedimos que todos os gloriosos mostrem apoio aos nossos bravos soldados no front. Pedimos que usem nossas cores e uniformes, que amarrem as bandeiras na janela. Que o mundo veja que nós gloriosos temos plena confiança em nosso exército. Que todos vejam que acreditamos na vitória. E, na batalha, que todos estejam lá dando todo o suporte necessário às tropas.

Esse é o espírito glorioso, já renovado e reorganizando forças para a ofensiva. A vitória está na ordem do dia. Avante, República do Botafogo!

3 comentários:

Unknown disse...

É isso aí.
E você esqueceu de mencionar que há rumores que o coração do exército vermelhepreto terá de ser deslocado para uma dura batalha na Sierra Madre, e que importantes baixas são esperadas.
Enquanto isso, preparamos a ofensiva...
AVANTE!

Danilo

Unknown disse...

Faltaram milhares de soldados para apoiar as tropas alvinegras em campo. Inclusive o senhor autor deste blog, que contribuiu para mais uma vez sermos zoados por termos uma torcida pequena e ridícula. Espero que isso não se repita!

Um abraço,
Marina ( VI batalhão, SEMPRE presente em TODOS os conflitos )

DRP disse...

Um esporro internético demanda uma explicação internética. Havia uma programação de que eu não estaria no Rio. Quando essa programação foi alterada, já no domingo de manhã, não tinha mais ingresso.

Admito a falha, mas após tantos anos acompanhando o Botafogo mesmo nos piores jogos, no Maracanã, Engenhão, Caio Martins, na Ilha, em São Januário, morumbi e até no monumental de Nuñez, eu tenho um pouco de crédito, certo?

ps - o Danilo ficou de comprar meu ingresso pra domingo hoje. Estaremos lá, como sempre.