10.4.08

Diários da Guerra 10 - A Guerra Psicológica

Satélites republicanos identificaram no Reino da Gávea, em uma área com alagados sujos de onde emanam vapores tóxicos (os flamengos chamam a região de “piscina e sauna”), uma base secreta de árbitros químicos e biológicos. Especula-se que os flamengos podem utilizar uma nova forma dessas armas sujas, que desgraçadamente já causaram grandes estragos nas linhas gloriosos: a bomba Péricles, como vem sendo chamada nos círculos diplomáticos internacionais.

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Mas valendo-se ou não do torpe artifício dos árbitros químicos e biológicos, o fato é que a guerra psicológica já está a pleno curso, tendo começado assim que ficou claro que os exércitos glorioso e flamengo se enfrentariam na primeira série dos grandes combates pelo controle da Ponte “Rio”. A gigantesca máquina de propaganda a serviço do pan-flamenguismo está ouriçada. Disfarçada de uma suposta imparcialidade, mas com uma série de mensagens (nem tão) subliminares, o ministério de propaganda flamengo lança mão de todo artifício para promover seu reino e sua ideologia.

O tratamento começou nas batalhas indiretas, recém realizadas. A propaganda flamenga tratou de considerar o ridículo bando cuscuz como um temível adversário. Tratou de considerar as condições de batalha como dificílimas. Tratou de fazer dos soldados flamengos verdadeiros heróis. Tratou de considerar um confronto entre um exército regular e um bando que portava facões e foices (sequer tinham armas de fogo) como uma batalha épica, digna de grandes poemas. Nada poderia ser mais mentiroso.

Em contrapartida, tratou de tentar criar na República do Botafogo um clima de medo e instabilidade. A batalha contra os guerrilheiros riverinos era tratada como “muito perigosa”. Tentavam amedrontar a população gloriosa com seus panfletos contendo termos como “vergonha”, “fatalidade”, “desgraça”, “fantasmas do passado”...

Agora, que ambos os exércitos marcham para a batalha, o ministério da propaganda flamengo trata a escaramuça dos da Gávea como um feito heróico. E trata a boa e tranqüila vitória do exército glorioso como algo conquistado graças apenas à inferioridade do pequeno, mas valente, exército adversário. E iniciam uma campanha virulenta contra nosso oficial da retaguarda, o Major Castillo.

Escaldado, o Marechal de Campo, Cuca, tratou de isolar a tropa das distrações mundanas e do assédio do ministério de propaganda flamengo. Que essa tenha sido uma sábia decisão. E que o exército glorioso conquiste mais uma importante vitória em sua guerra contra o Eixo, por paz e justiça no mundo, e pela República do Botafogo. As hordas inimigas estão chegando às nossas portas. Que os republicanos gloriosos dêem a eles a recepção que eles merecem. À vitória!
Avante gloriosos!



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