2.9.08

Onde estavam os mecânicos?

Os mecânicos agora correm contra o tempo para preparar os tanques Zárate. Por que isso não foi feito antes?

Preocupado com a falta de alternativas aos muitas vezes falhos e nem sempre confiáveis blindados WP, o Alto Comando Para a Guerra recorreu à tecnologia estrangeira. Para tentar solucionar o problema do limitado calibre do exército glorioso na ofensiva, foi comprada toda uma divisão dos tanques Zárate. Segundo a propaganda governamental, os tanques Zárate são pesados e não muito velozes, mas compensam isso com um poder de fogo incrível. Seriam, ainda segundo a propaganda oficial, uma excelente arma para ser utilizada nas duas frentes de combate do exército glorioso.

Mas o mesmo governo que comprou os tanques mostrou-se de uma ineficácia completa e inacreditável na hora de tratar da liberação aduaneira destes. Os tanques ficaram jogados no porto por um longo período, enquanto os incompetentes do governo não conseguiam a documentação necessária para sua liberação alfandegária.

Nesse tempo, com os tanques esquecidos no cais do porto sob sol e chuva, o exército marchou para a frente do Monte Sula, sem a nova aquisição. Nesse tempo, com os tanques esquecidos no porto sob sol e chuva, nossos inimigos importavam equipamentos e maquinário sem parar. Mal a carga chegava ao porto, já ia para os imundos depósitos do Reino da Gávea. O Ministério de Propaganda flamengo se gabava de como sua competência contrastava com a falta dela entre os gloriosos...

Finalmente, a documentação foi liberada pelos fiscais da alfândega, e os tanques Zárate foram incorporados ao exército. E tão logo isso aconteceu, foram utilizados no fiasco contra os capibas.

A propaganda do governo estava certa ao menos num ponto: os tanques eram de fato pesados e lentos. Tinham dificuldades de locomoção e seus canhões falharam na única vez que foram utilizados. Parte do povo e toda a máquina de propaganda inimiga se apressou em fazer duras críticas aos novos equipamentos Zárate.

Será que é o caso? Simplesmente assumir que o governo comprou um equipamento obsoleto e inútil? Não. Ou pelo menos ainda não. Todo equipamento de guerra precisa passar por ajustes, especialmente os importados, pois devem se adaptar às novas condições dos campos de batalha e características de combate.

Muito pior que a fraca primeira impressão dos tanques, que pode se confirmar ou não no futuro, é o lamentável despreparo dos mecânicos do exército. Porque enquanto os tanques estavam impedidos de sair do porto por problemas burocráticos, os mecânicos tiveram TODO O ACESSO aos manuais e ao maquinário do tanque. E aparentemente não fizeram nada, afinal nosso Marechal anuncia que não utilizará o tanques Zárate na próxima batalha, pois ele ainda necessita de “ajustes técnicos e mecânicos”.

Será que uma breve, porém apagada aparição é suficiente para merecer vaias e repúdio da população? E os governantes que compram equipamentos desconhecidos até por eles mesmos e os anunciam como a última palavra em poderes bélicos? E os mecânicos, que não trabalharam decentemente anteriormente e agora correm contra o tempo?

Os tanques ainda devem ser testados em combate – afinal, foram comprados para isso. Um novo episódio dos “balões Escalada”, com decisões de expurgos precipitadas, não interessa a ninguém na República agora. Apenas aos flamengos, que já mobilizam seu Ministério de Propaganda para botar a frigideira no fogo...

5 comentários:

snoopy em p/b disse...

caro glorioso drp,
concordo com sua opinião.
os tanques zárate, na verdade, estão pagando um preço algo ocasionado pelos governantes e pelos mecânicos.
mas penso que as críticas dos gloriosos são exatamente nisso. pelo menos a minha.
vamos ser pacientes e torcer para que os mecânicos tirem o quanto antes a ferrugem e a sujeira que fazem os tanques zárate se colocarem acima das condições ideais de guerra.

saudações botafoguenses!!!

Guilherme Basto Lima disse...

Danilo,

(Antes de mais nada, peço desculpas por não incorporar o espírito do Blog, devido a correria rotineira)

Essa versão oficial, de que questões burocráticas impediram a estréia do Zarate, não me engana. Isso tem cheiro de tramóia da alta cúpula - Montenegro, Rotemberg e Bebeto - que estava morrendo de medo do fantasma Escalada.

Ele foi contratado mais de uma semana ANTES da abertura do período de estréia de estrangeiros (que era 3/AGO). O cara demorou MAIS DE UM MÊS para ser regularizados, enquanto a regularização de outros jogadores tardou no máximo uma semana.

Isso não é muito estranho?

A diretoria contratou um jogador sem condições físicas para ser profissional. Ele parece realmente ter alguma técnica no ofício de artilheiro (estive no Engenhão e vi que sabe se posicionar bem, além de logo no primeiro lance ter levado vantagem no giro, praticamente derrubando - legalmente, sem falta - o marcador e errado na passada) mas por si só isso não basta. Ele é visivelmente gordo.

Foi uma aposta ousada. Espero e torço para que dê certo. Mas tem que ser rápido, porque o campeonato não espera e não dá pra escalar os inoperantes Gil e Fábio mais.

Abraços e SA

Guilherme

snoopy em p/b disse...

prezado glorioso,
quando eu escrevi "algo", eu quis escrever "alto"... hehe

DRP disse...

Fábio e Guilherme, as declarações de ambos, penso que estão de acordo com minha opinião.

Os culpados maiores estão na diretoria e na comissão técnica, uma por criar tamanha expectativa e a outra por não botar um cara de 20 e poucos anos em forma nesse tempo todo que teve.

Mas Guilherme, considerando todos os "poréns" e "senões" e "não obstantes" de nosso departamento jurídico (que também deveria estar entre aspas), eu REALMENTE acho que o atraso na estréia não foia a pança, foi a documentação mesmo.

Vamos ver agora, se ele vai ter outras chances e se vai saber aproveitá-las. Espero que sim.

Abraço,
Danilo

Anônimo disse...

Calma...
Os tanques Zarates estão sendo preparados para a batalha contra o Império do Mal...