26.3.09

Onde está o povo?

A História da República do Botafogo nunca foi uma história feita apenas de benesses, repleta de farturas ou sempre feliz. Ao contrário, o caminho histórico republicano sempre foi espinhoso, sinuoso e o país sempre evoluiu superando obstáculos e dificuldades.

Sim, tivemos grandes momentos, como na época em que a República contava com líderes como João Saldanha e generais como Nilton Santos e Garrincha, uma época onde a República era quem dava as cartas na produção militar, cultural, artística e científica em todo o mundo. Ou os heróis da Revolução de 89. Ou ainda a Grande Marcha de 95, onde o exército liderado pelos Coronéis Túlio, na vanguarda, e Gottardo, na retaguarda, levou a República a uma posição firme de liderança internacional.

Mas se temos muitos momentos, de grande felicidade, se temos muitos grandes heróis em nosso panteão glorioso, também tivemos momentos terríveis em nossa mais que centenária República. Sofremos com períodos de crise financeira, sofremos com momentos de baixa produção industrial, sofremos principalmente com uma terrível ditadura que lançou o país ao obscurantismo por 21 longos anos e só acabou na já citada heróica Revolução de 89. Sofremos com governos corruptos que nos fizeram até mesmo perder o direito à 1ª Colônia.

E a característica comum a toda a História republicana, seja nos momentos de fartura, seja nos momentos de crise, é a intransigente defesa que o povo glorioso sempre fez de seu pais, suas cores, bandeira e ideais.
.
Soldado glorioso procura pelo povo desaparecido

Por mais que inimigos, externos ou internos se esforçassem, nunca conseguiram tirar do cidadão glorioso a chama que o faz defender e defender e defender seu país e tudo que ele representa. E é em seu povo que a República sempre confiou e foi seu povo que sempre a defendeu. Mesmo quando era difícil, sofrido e até perigoso.

Por isso, é absolutamente estranho e incompreensível o pouco caso com que o povo glorioso está tratando o exército em campanha. Contra qualquer inimigo, nos mais variados campos de batalha, o apoio da população é praticamente nulo.

Nas batalhas na cidade de Engenhão, é notório. O povo, que comemorou bastante quando a cidade de Engenhão foi incorporada às fronteiras republicanas, agora simplesmente ignora sua existência. Qual o motivo? Excesso de atividade na cidade, impostos caros? Tudo isso é desculpa para a indesculpável pouca presença do povo glorioso, mesmo nas batalhas importantes contra países do Eixo.

Há algo de errado. De muito errado. O que se passa com o povo glorioso? Tornou-se passivo, apático? Calou-se? Sumiu? Não, isso não pode ser aceito. Não foi uma ditadura violenta e sanguinária que nos calou e nos fez desaparecer.

Povo glorioso, é hora de reagir e acordar. As ruas de Engenhão e os campos de batalha das planícies verdes em Maraca não são nada agradáveis desertas e sem vida.

A cidade de Engenhão: de que adianta uma grande e completa estrutura? Se não há ninguém nela, é apenas uma cidade fria, feia e cinzenta.

3 comentários:

Gil disse...

Danilo,

Só você com seu texto para levantar o astral desse combalido cidadão GLORIOSO.

Simplesmente extraordinários a foto e o texto "soldado GLORIOSO procura pelo povo desaparecido".

Quando vou às batalhas na cidade do Engenhão e nas planícies verdes do Maraca e percebo que o nosso povo sempre é em menor número fico possesso. Ao mesmo tempo entendo, pois o comandante NF e os soldados não passam confiança ao seu povo.

Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!

Ruy Moura disse...

Notável!

Abraços Gloriosos!

Dora disse...

Vou sempre aos jogos sejam eles no Maracanã ou no Engenhão. Esse ano já fui em Caxias e em Bacaxá e tô pensando seriamente em ir em Volta Redonda.E é sempre a mesma coisa a nossa torcida não comparece aos estádios. Porque? Não sei.
Só acho que desculpas como a violência, preço dos ingressos, horário dos jogos, não me convencem e como o Gil bem falou me fazem ficar possessa de raiva.
Tá na hora da nação botafoguense acordar e reverter esse quadro.