10.2.09

Defeitos e virtudes

Em sua recém iniciada campanha para salvar a Cidade-09 das garras do Eixo, o exército glorioso vem alternando triunfos e percalços, lutando contra pequenos exércitos ou mesmo contra bandos armados, cooptados ou coagidos pelos países do Eixo, que com isso pretendem atrasar a marcha dos gloriosos para a estratégica interseção na estrada Guanabara. O controle dessa interseção da estrada para a Cidade-09 é um passo importantíssimo para assegurar controle sobre o acesso à Cidade-09 e assim atingir os objetivos.

Depois de alguns problemas em combates anteriores, o Estado Maior encomendou aos siderúrgicos uma remessa de aço, que seria utilizado para incrementar a indústria bélica republicana. Era o começo de uma triste comédia de erros...

O desorganizado exército glorioso foi incapaz de defender a cidade de Engenhão dos guerrilheiros siderúrgicos a serviço do Eixo

Primeiro, falhou a Inteligência do Estado Maior, ao nem sequer desconfiar que a “entrega de aço” dos siderúrgicos era na verdade um cavalo de Tróia enviado pelo Eixo. Os siderúrgicos entraram com toda tranqüilidade em Engenhão e lá começaram seus ataques guerrilheiros.

Falhou o Marechal Nei Frango, levando um exército confuso, desordenado e mal comandado para a batalha. Soldados mal preparados, sem condições de combate ou absolutamente fora dos pontos onde deveriam estar para evitar as estocadas dos siderúrgicos. O corpo principal do exército nem dava guarida à retaguarda nem apoio à vanguarda. A vanguarda, sem apoio, ficava à mercê do fogo inimigo, praticamente inútil. E a retaguarda... esta cometia trapalhadas em série, numa total demonstração de inaptidão para o combate.

Os siderúrgicos fugiram quando conseguiram atingir o objetivo: causar danos na estrutura de Engenhão, impedir que as obras de reconstrução da Linha Maginot-Biriba retornassem e atrasar a marcha do exército glorioso. Um golpe duro para o povo republicano e que expôs graves problemas no exército, desde sua montagem à controversa condução do Marechal Nei Frango.

Mas não havia muito tempo para lamentações ou mesmo para “sessões de análise”. Tão logo correu a notícia do revés glorioso, o Eixo enviou mais um grupo de um pequeno vilarejo contra a República: os castores.

O povo castor sempre foi um povo simpático e amistoso. Vivendo sossegados em seus quentíssimos domínios, eles nunca tiveram a intenção de atacar o exército glorioso. Mas foram coagidos a isso. Os flamengos, algumas semanas antes, lançaram contra os pobres castores alguns dos terríveis árbitros de destruição em massa de seu criminoso arsenal. Muitos castores caíram. Aos que restaram, foi imposta uma condição: atacar a República do Botafogo dentro da cidade de Engenhão ou ver sua cidade sofrer ainda mais com as armas criminosas dos flamengos.

Sem alternativa, uma coluna de milicianos castores seguiu contra Engenhão. Era clara a falta de interesse deles em lutar. Claramente, eles o faziam porque estavam sendo obrigados, mas em nenhum momento eles pareceram inclinados a arriscar mais que o necessário para apenas cumprir as exigências dos criminosos flamengos que os coagiam e chantageavam.
Tudo indicava que seria então uma batalha rápida e relativamente tranqüila, onde os gloriosos expulsariam os milicianos com facilidade e sem sofrimento. Mas as coisas para o exército republicano nunca são tão simples assim...

O Marechal Nei Frango insistiu em lançar para a defesa da segunda cidade mais importante do país um exército com tropas ineficazes e fora de posições onde poderiam defender melhor Engenhão. Além dele, o entreguista Cabo Anselmo “Juninho” aprontou mais uma vez das suas, mostrando para os castores caminhos desprotegidos, por onde eles conseguiram atingir prédios importantes de nossa cidade. A verdade é que enquanto esse quinta-coluna do Cabo Anselmo “Juninho” estiver entre nossas tropas, os republicanos não terão paz ou sossego. Sua veia entreguista pulsa cada vez mais forte e corremos eterno risco de sofrermos gravemente por conta disso. Quando o Estado Maior verá que esse soldado é um verdadeiro estorvo em nossas fileiras? Esperamos que brevemente.

Se a retaguarda tem elementos entreguistas,a vanguarda assume a responsabilidade e expulsa os invasores. Os tanques VS-9 se mostram muito eficientes no começo da campanha.

Com a retaguarda trabalhando para o inimigo, a solução encontrada foi investir na vanguarda. Entraram em ação os novos e poderosos tanques VS-9. Bem assessorados pelo Tenente Maicosuel, oficial de suprimentos e da 7ª Brigada do Major Reinaldo,os tanques VS-9 causaram terror e estragos nos milicianos castores. Estava aberto o caminho para a vitória dos gloriosos. Foi apenas questão de tempo até os castores fugirem de volta para sua cidade, conscientes de que aceitar a coerção dos flamengos havia sido uma péssima idéia.

Os gloriosos, após o lamentável revés diante dos siderúrgicos, voltam a marchar e estão se aproximando da interseção da estrada Guanabara. Vai se aproximando o momento onde batalhas deixarão de ser contra pequenos grupos de milicianos de vilarejos pobres e mal equipados. Vai se aproximando a hora onde o exército glorioso confrontará seus grandes inimigos, os países do Eixo.

Há algo errado com o GPS do Marechal Nei Frango? Os soldados estão confusos com suas coordenadas por demais erráticas e improvisadas

Será que o exército glorioso está preparado para isso? É um exército que tem algum potencial, algumas virtudes e alguns defeitos. O Marechal precisa deixar de lançar tropas ao combate baseado na simpatia pessoal. Isso não cabe num exército como o glorioso. E precisa parar de inventar arranjos malucos na formação das tropas combatentes. Os quinta-colunas da retaguarda devem ser removidos imediatamente dos combates. E a vanguarda deve ser mais apoiada,para que todo seu grande potencial seja plenamente explorado.

Ainda pairam dúvidas sobre esse novo exército e suas reais capacidades e possibilidades. Mas o povo nunca abandonou ou deixou de apoiar as tropas de seu país em luta pelos altos ideais do botafoguismo. Não será diferente dessa vez.

Avante gloriosos! Vamos esmagar o Eixo!

5 comentários:

Anônimo disse...

Sensacional esta narrativa. Bravo Danilo.
Pobres dos subjulgados Castores alvirubros. Seria excelente o retorno do bravo Sargento André Luis, o ensandecido. Com sua lealdade e bravura enquadraria rapidamente o entreguista Anselmo e intimidaria os árbitros de destruição em massa.
Viva o poder de fogo dos tanques VS-NOVE.
A Guanabara será nosso primeiro passo para conquistarmos o objetivo maior.

Morte ao Eixo do Mal.

DRP disse...

Meu caro Gal. Fischer, os créditos devem ser dados a quem os merece. Foi um comentário seu no post de baixo, quando escreveu sobre os "siderúrgicos", que me inspirou na primeira parte desse post.

Agradeço a contribuição e espero que não se incomode por eu ter roubado sua idéia...

Grande abraço!
Danilo

Anônimo disse...

Mestre, é uma honra para mim ter alguma sugestão minha aproveitada nos seus textos maravilhosos. Quando você fala dos "Castores" ou "Bacaxás" consigo até visualizá-los em suas investidas de tão criativos e convincentes que são os textos. Me divirto muito. Às gargalhadas. Algumas expressões criadas por você já são clássicas como os "árbitros de destruição em massa", por exemplo. Continue sempre assim. Sou fã de carteirinha do Botafoguismo. Aliás me identifiquei tanto, que acharia muito legal fazer-nos representar em dias de jogos em Engenhão com camisetas militares, e faixas. Seria muito legal.

E os Serranos? Representam alguma ameaça aos nossos ideais?

Grande abraço e viva o Botafoguismo.

DRP disse...

Meu amigo, sinceramente acho que as invencionices de nosso marechal e a falta de qualidade de alguns dos nossos representam muito mais perigo à nossa causa que o inimigo de quinta feira...

Grande abraço,
Danilo

Ruy Moura disse...

Apesar de o Botafogo ter a melhor campanha LEGAL, "ainda pairam dúvidas sobre esse novo exército e suas reais capacidades e possibilidades".

Esperemos que o Ney Frango acerte, porque se não acertar que outro Marechal 'não raquítico' estará disponível?...

Abraços Gloriosas!