27.11.08

De pé, molengas!

Definitivamente, a política é o assunto do momento na República do Botafogo. A unidade forjada sem base concreta, seu rompimento, a quase dissolução do governo de transição, tentativas e acusações de golpes e, finalmente, a confirmação do próximo governo, que assumirá o que restou do atual, foragido e, dizem, partindo para o exílio no Reino dos Galos.

Mas as peripécias dos políticos alvinegros, por mais importantes que sejam, não podem ser o único foco da atenção dos gloriosos. Não enquanto ainda há batalhas a serem travadas. Desesperados por estarem abaixo da linha da miséria e prestes a perder sua 1ª Colônia, os figos marcham contra a República, contra a cidade de Engenhão. Querem fazer saques, cometer atos vis e bárbaros e tentar salvar a própria pele da miséria em se encontram.


Mesmo parcialmente destruída e em escombros, a cidade de Engenhão deve ser protegida dos saqueadores bárbaros figos.

Os figos, como de costume em campanhas desesperadas, lançam mão de um palavrório barato, tentando motivar os seus. Correspondentes gloriosos no território inimigo dão informes precisos de que os figos avançam considerando a vitória como certa e que os saques serão feitos, pois os gloriosos não são páreo para eles. Arrogantes, eles lembram das muitas vezes que usaram árbitros de destruição em massa contra a República e sorriem, considerando isso como um grande feito, mostrando toda sua baixeza rastejante.

Eles são nossos inimigos. Nunca tivemos boas relações com eles e não temos motivos para ajudá-los. Que percam o direito à 1ª Colônia, que voltem ao seu lugar como aldeia subdesenvolvida e insignificante.

Por isso, de pé seus molengas que dizem ser soldados gloriosos! A guerra ainda não acabou! Se vocês não têm honra ou coração para lutarem por vocês mesmos, que façam isso pelos milhões de gloriosos que um dia já depositaram confiança e esperança em vocês. Perder é inaceitável.

Que motivo melhor e mais nobre para lutar que pela nossa bandeira, honra e tradições? Só isso já é motivo suficiente para dedicação total. Só isso já é muito maior que qualquer preguiça, desmotivação e inaceitáveis e malditos subornos.

De pé, seus molengas! À batalha, e à vitória!

Cavem trincheiras, soldados. Lutem e vençam. Por nós e pela honra, não por subornos ou qualquer outro motivo obscuro.

26.11.08

A crise e a política pelo "bem maior"

A crise toma conta da República do Botafogo. Nada está imune a ela, nenhum setor da sociedade e da vida do país está livre de seus longos tentáculos.

No aspecto militar, as perspectivas não são boas, com a manutenção de um comando incompetente e de tropas ineficazes, além de uma provável deserção em massa de soldados e pouca perspectiva de reconstrução das tropas. A cidade de Engenhão foi bombardeada, o anel de ferro da Linha Maginot-Biriba caiu e não há muitas esperanças de que seja recuperado tão cedo.

No aspecto financeiro, o país segue mergulhado em dívidas, sem fontes de receita. Falido, o atual governo optou por terceirizar a economia e receitas, num liberalismo de fazer inveja a Francis Fukuyama. O problema é que “investidores amigos” não têm pátria nem coração, não defendem causas ou bandeiras, não trabalham pelo bem comum, mas pelo bem específico, não têm interesse no preto e branco, a única cor que os comove é o verde do dinheiro. Assim, a solução com tais investidores se revelou ainda pior para a República.

No aspecto político, a crise se desdobra. Primeiro, o abandono completo e absoluto do atual governo, que simplesmente deixou suas obrigações para trás. Especula-se mesmo que o presidente trama seu exílio no Reino dos Galos, o que deixou um vácuo de poder e comando no país num momento complicado do nosso país. A criação de um novo governo, de unidade, que iria começar uma transição imediata para assumir em breve parecia um pequeno alento...parecia, mas a 3 dias do pleito que confirmaria sua eleição, um racha generalizado acabou com a tal unidade, com o governo de transição e bota em risco a própria eleição.

Os motivos? Os tradicionais, infelizmente. Brigas por cargos, pastas, ministérios, indicações e privilégios políticos. Assim como os investidores “amigos”, os políticos republicanos parecem ter sido tomados pela preferência ao interesse individual em detrimento ao interesse coletivo. E agora? Acusações de traição e deslealdade de ambos os lados. O povo perdido no meio.

Dizem os dissidentes que o que motivou o racha não foi a mesquinha disputa por cargos, vagas e benefícios. Que isso foi uma decisão tomada pensando no bem maior. Sinceramente, difícil de acreditar. Inclusive, uma leitura de seu manifesto aponta claramente o contrário: lá estão coisas como “quebra de acordo para vice presidências, apenas 40% das cadeiras”, entre outras coisas. E é difícil acreditar que divergências políticas e programáticas tão graves a ponto de causar a cisão do governo de transição tenham surgido apenas na antevéspera do pleito.

Agora, os dois grupos, outrora unidos pelo “bem maior” se acusam: um chama o outro de “traidores, mentirosos, aventureiros, rompedores de acordo”. O outro chama o um de “golpistas, oportunistas, fisiologistas e usurpadores da máquina estatal”. Quem tem a razão? Categoricamente e sem medo de errar, digo que nenhum dos dois lados tem razão. Estão todos errados nessa história.

Estão errados porque o que está claro é que os grupos políticos estão, como de costume, botando seus respectivos interesses partidários à frente do “bem maior”. Até mesmo insinuações infantilóides de “meu grupo conseguiu conversar com mais investidores que o outro grupo” já foram lançadas. Ora, se o que norteia todos é o “bem maior” da República, não importa quem conversa com mais investidores e sim que conversas estão sendo feitas e isso será benéfico para todos! Quer dizer, ninguém sabe, pois considerando o naipe de investidores que tivemos até agora...

A dissidência, o racha, a cisão, a briga, tudo isso é sintoma da mesma coisa: na verdade não há quem busque de fato o “bem maior”. Porque a busca pelo interesse coletivo, a busca pelo bem maior não desagrega, ao contrário, ela é aglutinadora. Ela funciona em torno de idéias, e não de nomes e cargos. Ela funciona com base numa determinação legítima e não numa busca por porcentagens de cadeiras num conselho. A forma como a aliança agora rompida foi formada nunca foi essa. Ao contrário, sempre foi obscura, sempre foi esquisita, sempre foi cheia de “no momento apropriado, apresentaremos os projetos e propostas”. Ao contrário da legítima busca pelo “bem maior”, que é feita com o mínio de vaidades, às claras e com participação ou ciência do maior número possível de pessoas, a aliança agora rompida sempre foi feita às escuras e com o mínimo necessário de envolvidos.

O que vemos na política republicana é o festival do “eu primeiro”. Agora partidos brigando abertamente diante de um povo embasbacado e estarrecido, que não crê no que vê. Vemos na política republicana a vitória do poder pelo poder, visando mais poder, para assim conquistar...poder! George Orwell pode sorrir em seu túmulo. A filosofia do Ingsoc caminha a passos largos para triunfar na República do Botafogo.

E o grupo derrotado? Após esse racha, da maneira como se deu, a coexistência está impossível. Ao grupo derrotado, seja ele qual for, não restará alternativa que não a defesa voraz do “quanto pior, melhor”. Porque o sucesso de um grupo, necessariamente, significará o fracasso do outro. E como o mais provável é nenhum grupo consiga se sobressair sobre o outro, a tendência é essa cisão e a briga política enfraquecer ainda mais nossa querida República do Botafogo.

É muito difícil conseguir a unidade política. Muitas vezes ela sequer é desejável. Talvez tudo estaria melhor se os grupos fossem estabelecidos como tal desde o princípio, ao invés de tentar forjar uma falsa unidade baseada em loteamento de cargos e porcentagem de cadeiras no conselho. Aliança essa que, às vésperas do pleito se rompe da pior forma possível.

Qual dos dois grupos sairá vencedor? Não sei e, honestamente, não me importo mais. O que sei, e isso me importa muito, é que a nossa República do Botafogo sai perdendo nisso tudo.

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Serão esses os "investidores amigos" que se aproximam da República do Botafogo, trazidos pelos grupos antes unidos, agora antagonistas?

23.11.08

Anistia ampla, geral e irrestrita... até demais

Antes mesmo de sequer ter sido eleito, o futuro governo, que por hora trabalha numa espécie de transição, já comete seus primeiros equívocos.

Pois é o que, além de gravíssimo equívoco, o futuro governo conceder anistia total a Nei Frango e seu grupo de bandoleiros, restabelecendo o primeiro como Marechal de Campo do exército para o próximo ano e devolvendo a seus comandados a condição de oficiais e soldados republicanos? Pois é o que, além de gravíssimo erro a manutenção da Companhia Fábio, ineficaz e inofensiva no ataque.

São essas as perspectivas de melhoras? É com oficiais incompetentes como o mantido marechal Nei Frango e com soldados incapazes e despreparados como os das Companhias Fabio, Emerson, Edson e outros que o Estado Maior pretende resgatar a força e respeitabilidade do exército glorioso?

A anistia, contra a vontade popular, de soldados e oficiais incompatíveis com a grandeza e a história da República do Botafogo foi o primeiro erro de um governo que sequer começou a governar de fato. Prova disso é que, depois de decretada a anistia, com os bandoleiros e seu comandante de volta à República, não conseguiram sequer impedir o saque dos ventinhos às ruínas da cidade de Engenhão. Saque esse que praticamente garantiu aos inimigos do sul o direito à 1ª Colônia.

Será que Nei Frango é capaz de ser o comandante que liderará as tropas na reconstrução da cidade de Engenhão e da Linha Maginot-Biriba? Por tudo que fez (ou não fez) até agora, é bastante improvável.
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Um comando incompetente significa soldados feridos, tropas eficazes subutilizadas e fracassos na campanha. Por que então manter o comandante incompetente?

18.11.08

São apenas bandoleiros...

Rumores de toda parte dizem que Nei Frango enlouqueceu e agora lidera seus comandados em um grupo de bandoleiros sem pátria, sem coração e sem rumo, que cavalga por aí tentando cometer pequenos roubos e ocasionais agressões. Enfim, um pequeno grupo de criminosos desqualificados que tenta se aproveitar do fim da guerra, quando muitos exércitos já não têm mais objetivos claros. Oportunistas de quinta categoria, dessa gente rasteira que tira benefícios mínimos do caos e acha que isso é um grande feito.

O mais preocupante é que os rumores também dizem que esses bandoleiros, que já foram soldados regulares do exército da República do Botafogo, usam fardas, bandeiras e símbolos gloriosos em suas cavalgadas de crimes e emboscadas.

Tivesse a República um governo, ele deveria prontamente desautorizar os bandoleiros e desvincular o país de qualquer ação desse bando. Nei Frango e seus comandados podem ainda usar as fardas de quando eram soldados regulares, mas agora não passam de um grupo de bandoleiros. Não representam o exército ou o povo glorioso, não dizem nada para a República do Botafogo e não combatem pelas causas que nos são tão preciosas.

São pequenos criminosos que se beneficiam da conjuntura. Alguns justificam seus atos criminosos dizendo que é uma resposta desesperada à falta de pagamento dos soldos. Alguns ainda tentam manter uma postura de soldados, tentando parecer respeitáveis. Mas a verdade que são apenas bandoleiros e não combatem por país ou por causa alguma, apenas por eles mesmos.

Que triste fim para aqueles que já foram respeitados e admirados como soldados do exército glorioso... que triste fim acabar como bandoleiros desonrados que promovem o caos e não têm nada a não ser seu nome gravado na lixeira da História...

13.11.08

O povo, sempre ele. Às barricadas!

A república não pode mais contar com seu governo. Trancados no Palácio do Governo, os que dirigem o país não querem mais sair do bunker onde se escondem, apenas esperando o prazo do mandato terminar. Tampouco pode contar com o exército, que tem um comando incompetente e soldados mal preparados e nem um pouco identificados com os ideais e valores que são tão caros aos republicanos.

A notícia divulgada pelo Ministério da Propaganda flamengo de que um importante ex-secretário de governo é na verdade um cidadão flamengo que trabalhava infiltrado somente serviu para aumentar as feridas entre o povo e seus governantes. A deserção de tropas e fuga de soldados do país também cria um abismo entre esse atual exército e o povo glorioso.

Falta fibra moral ao governo para defender o ideal do botafoguismo. Falta fibra moral ao exército para defender a República. Essas duas instituições atualmente estão destroçadas e desmoralizadas, não representam mais o povo, o país, a bandeira, a História e os ideais gloriosos.

E um país que não tem governo ou exército, só duas coisas podem acontecer: ou o caos se instala e tudo fica ao deus-dará, com o país vítima de bandoleiros, malucos aventureiros, oportunistas, bandidos e à mercê dos inimigos; ou então o povo toma para si a responsabilidade pelo país.

Assim, as circunstâncias novamente chamam o povo glorioso à responsabilidade. E mais uma vez o bravo e valente povo glorioso não fugirá dela. Comitês populares em defesa do botafoguismo já estão sendo formados. As praças da capital General Severiano estão agitadas. Afinal, é em última instância o povo glorioso quem sofre as conseqüências da crise da República, é o povo que sente na pele e é o povo que passa pelas privações. Portanto, não há ninguém mais indicado para defender a república que o cidadão leal e honesto, que dedica sua vida ao ideal do botafoguismo.

Ninguém pode defender nossa bandeira melhor do que os que a amam. Ninguém pode defender nossas fronteiras e valores do que os que dentro delas vivem, do que os que têm tais valores incorporados no fundo do peito. Então, povo glorioso, às barricadas! Nenhum tipo de governo e nenhuma espécie de soldado sem pátria e sem coração representarão melhor o preto e o branco da nossa República que nós mesmos.

Um novo governo está se formando. Que o povo dê um voto de confiança, mas que cobre, fiscalize e participe, para que a situação não chegue a tão deteriorado ponto como a que vivemos hoje.

E, principalmente, que o povo unido, diga em uníssono, em alto e bom tom, o seguinte recado, para esse e para os futuros governos, para os atuais e futuros oficiais e soldados:

A República do Botafogo triunfará, com vocês, sem vocês ou contra vocês!

O povo glorioso. Com esse, a República sempre poderá contar. Às barricadas! Defendamos nossos valores!! Ninguém defenderá o país se o povo não o fizer.
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Seja combatendo a ditadura, seja defendendo seus valores, o povo nunca abandonou a República. Dessa vez não há de ser diferente.

11.11.08

Mais água na sopa: o período de grandes privações

A República está sob poderoso ataque, com suas principais cidades sitiadas, estradas bloqueadas e principais linhas de comunicação cortadas. Sabe-se que os governantes se trancaram no Palácio do Governo e estão por lá escondidos. Sabe-se também que está sendo formado um novo governo e espera-se que esse novo governo saiba reverter essa drástica situação que o país vive hoje. O povo, como de costume, é quem mais sofre com os ataques inimigos e os maus resultados do exército na guerra. Mesmo nos postos de racionamento já há poucos mantimentos e a sopa de batatas tem cada vez mais água e menos batatas.

Após o ataque dos bambis, que utilizaram árbitros de destruição em massa contra a República, a Confederação das Nações isolou a cidade de Engenhão, colocando-a em quarentena como “área radioativa”. O Governo não teve forças para lutar contra mais esse golpe da Confederação das Nações, do PROCOINTEL e do Eixo.


Com as linhas cortadas, a comunicação entre o front e as cidades republicanas está seriamente prejudicada

Para tentar aliviar um pouco essa situação dentro das fronteiras gloriosas, o Estado Maior deslocou o exército para o exterior, para combates de guerrilhas contra os flamengos, cabeças do Eixo e do PROCOINTEL e com fortíssimas ligações com a Confederação das Nações.

A dificuldade de comunicação por causa das linhas cortadas não permite que tenhamos uma visão completa do que ocorreu na batalha. As notícias são escassas e chegam atrasadas, através de mensageiros ou de breves intervalos onde os aparelhos de rádio funcionam. Assim, ficamos sabendo apenas que após a orientação do Estado Maior para guerra de guerrilhas, o marechal Nei Frango foi com seus escolhidos (o termo “escolhidos” deve ser entendido literalmente, pois o marechal utiliza apenas algumas poucas tropas que caíram em seu gosto) para as planícies verdes de Maraca, área de controle internacional, com a idéia de surpreender a movimentação das colunas do exército flamengo.

A prova do crime: aviões flamengos lançam na vegetação das planícies Maracas o poderoso desfolhante químico "limenrique", conhecido como agente verde florescente

O plano foi seriamente prejudicado logo no início dos combates. Os flamengos, como é de seu costume, lançaram mão de árbitros químicos biológicos: utilizaram em larga escala o perigosíssimo desfolhante “limenrique”, conhecido como “agente verde florescente”. Uma terrível fumaça química que derruba as folhas da vegetação e prejudicou muito a camuflagem dos guerrilheiros gloriosos, favorecendo os flamengos. A situação que já era complicada apenas piorou com isso tudo. E o marechal Nei Frango apenas provou que é incapaz de liderar um grande exército numa grande batalha e incapaz de liderar soldados num grupo guerrilheiro. Os flamengos derrotaram os gloriosos. Eles seguem com suas colunas em marcha, enquanto o grupo derrotado do marechal Nei Frango voltou para a República.

Como se a situação já não fosse dramática o suficiente, o marechal Nei Frango, num surto ditatorial, decretou toque de recolher irrestrito nas segundas feiras e deslocou os soldados das batalhas para as ruas republicanas, para garantir que em nenhuma parte do país haja comemorações ou reuniões de gloriosos nesse dia da semana.

Agora, no meio dessa crise toda, a única coisa que o povo glorioso pode fazer é jogar mais água na sopa de batatas e torcer para a crise e as privações passarem o mais rápido possível.

Em tempos de escassez, racionamento e privações, a sopa de batatas do povo tem cada vez mais água e menos batatas.

6.11.08

Apenas bolhas e moinhos

Eu pra sempre sopro bolhas,
Lindas bolhas pelo ar
Elas voam tão alto
Atigem o céu
E assim como meus sonhos
Elas murcham e morrem
A sorte sempre se esconde
Eu já procurei em toda parte
E assim sigo soprando bolhas
Lindas bolhas pelo ar


A cidade de Engenhão foi completamente reduzida a escombros. Já não há mais objetivo algum para o exército republicano, caído em todas as frentes de combate. Ao próximo governo e ao povo, só resta tentar juntar os cacos e reerguer o nome, prestígio e orgulho do país dilacerado.

Nos últimos dois anos, o exército glorioso é uma caricatura de Dom Quixote, travando batalhas épicas contra monstros imaginários em nome de algo fantasioso e de um passado memorável, mas sem base concreta de realização.

Nos últimos dois anos, o povo glorioso é uma caricatura de Sancho Pança, que no fundo sabe que as aventuras do Dom Quixote são loucas e fora da realidade, mas ainda assim embarca nelas de peito e coração abertos.

Pois o povo não quer mais ser Sancho Pança. Isso cansa, cansa muito. Ainda mais quando nosso Dom Quixote é incapaz de dar a nós Sanchos Panças a nossa prometida ilha. Ainda mais quando nosso Dom Quixote não passa nem perto de conquistar o coração da doce Dulcinéia.

A República do Botafogo e seu povo não merecem passar por isso. Queremos mais do que soprar bolhas lindas que murcham tão brevemente. Queremos mais que combater moinhos de vento.

É pedir muito?

3.11.08

O dia em que o terrorismo venceu

Já há muito tempo, o outrora poderoso Reino dos Galos vive sob condições de completa miséria e desgoverno. Sem quaisquer perspectivas, os bandoleiros galos acreditavam que derrotar os gloriosos seria a solução de seus problemas. E, insistentes, atacavam, atacavam e atacavam a República, sem nunca obter sucesso ou sequer ameaçá-la com alguma seriedade.

Após 7 anos de insistência, quando os galos tentaram emboscar as tropas gloriosas que marchavam pela Frente do Monte Sula, o exército republicano tomou Pintinhópolis, declarando a capital do Reino dos Galos como zona desmilitarizada sob supervisão da República do Botafogo.

Desde então, ouvem-se boatos de que terroristas galos estariam negociando com os bambis, com a anuência da Confederação das Nações, a compra de árbitros de destruição em massa para tentar mais um ataque contra os republicanos. E como a cidade de Engenhão ainda está em processo de limpeza da radiação a que foi exposta por causa da bomba “bandeira” lançada pelos bambis, o marechal Nei Frango tratou de deslocar as tropas para Pitinhópolis, para verificar a veracidade de tais boatos.
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Terroristas galos cometem mais um atentado em Pintinhópolis, dessa vez com o artefato de destruição em massa "roman", adquirido ilegalmente de traficantes de árbitros bambis.

Apesar de mais um festival de equívocos do cada vez mais comprovadamente incapaz marechal glorioso, a inspeção em Pintinhópolis seguia seu rumo normal: o exército glorioso circulava sem problemas, mandando absoluto, mesmo com a total inoperância dos blindados WP. Foi quando os boatos se confirmaram. Um grupo terrorista galo conseguiu adquirir o perigoso artefato de destruição em massa “roman” e o utilizou sem parcimônia ou pena contra os gloriosos.

Os soldados republicanos ainda tentaram resistir, mas os efeitos degenerativos instantâneos da arma roman utilizada pelos galos enfraqueceram demais as tropas gloriosas. Com os soldados sofrendo de fraqueza e cegueira momentânea, a retaguarda gloriosa, especialmente as tropas da Companhia Emerson, não fizeram nada para impedir o ataque aéreo dos terroristas galos.

A soma dos danos causados pelo artefato de destruição em massa “roman” e incompetência da retaguarda gloriosa ao repelir o ataque aéreo galo foram determinantes para a decisão tomada pelo Estado Maior glorioso: desocupar Pintinhópolis. Agora, sem o controle glorioso, há relatos de verdadeiro caos na capital dos galos. Massacres, violência, falta de água e luz...

Sem condições de resistir aos árbitros de destruição em massa contrabandeados dos bambis e utilizados pelos terroristas galos, a República cedeu e retornou para Engenhão, onde tentará cavar trincheiras e construir barricadas para impedir a invasão dos platinhas.

Impedir tal invasão é a última alternativa para uma guerra em duas frentes que em alguns momentos nos deu boas perspectivas e grandes esperanças, mas agora só nos traz tristeza e amargura.

Crime: foi descoberto que os bambis, donos do maior arsenal de árbitros de destruição em massa, negociaram com os terroristas galos, com intermédio da Confederação das Nações, a venda do artefato "roman" para ser utilizado contra os gloriosos.